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Para os ouvidos no último estudo da Preply, “ansiedade” e “tóxico” estariam entre os principais conceitos disseminados de forma errada na internet

“Fulano é tóxico”. “Isso me dá gatilhos”. “Sou uma pessoa muito bipolar”. Se, enquanto navegava pela internet, você teve a impressão de que frases como essas têm se tornado cada vez mais comuns, saiba que não está sozinho: de acordo com 77% dos brasileiros ouvidos em uma recente pesquisa, expressões do tipo vêm não apenas se popularizando em larga escala nas redes — mas sendo usadas de forma banalizada pelos internautas, que supostamente reduziriam o vocabulário terapêutico a “frases de efeito” virais. 

Quem traz a constatação é a Preply, plataforma que, no mês em que o Brasil celebra o Setembro Amarelo, pediu que entrevistados de todas as regiões revelassem como se autoavaliam psicologicamente nos últimos tempos (confira o estudo na íntegra aqui), entre detalhes como a frequência com que compartilham suas angústias, com quem costumam falar dos próprios sentimentos e as principais dificuldades na hora de se abrir com os demais. 

Embora seja capaz de ampliar a conscientização sobre o assunto, para a maioria dos ouvidos no levantamento, os impactos negativos do ambiente digital vão além da banalização de termos sérios como “burnout”, “trauma” e “depressão”, englobando a propagação de informações incorretas, o aumento de autodiagnósticos imprecisos e, ainda, o acesso dos usuários a conteúdos prejudiciais. 

“Me sinto tão deprê!”: estamos banalizando termos ligados à saúde mental? 

Em meio a tantos conteúdos envolvendo autoconhecimento, terapia e motivação a um clique de distância, ao longo do estudo, uma das curiosidades da Preply girou em torno dos reais impactos da internet nos debates sobre saúde mental… tema sobre o qual os brasileiros tiveram muito o que falar. 

Quando indagados acerca de seus benefícios, por exemplo, boa parte dos respondentes admitiram que a internet representa uma conquista no que diz respeito aos tabus ao redor do assunto: por meio dos canais digitais, segundo 57,6% deles, mais pessoas estariam sido conscientizadas sobre transtornos, sintomas e formas de tratamento, entre práticas de autocuidado acessíveis (37,8%) e outras informações confiáveis (31,2%). 

Por outro lado, como deixaram claro ao longo do levantamento, o acesso fácil a tais conteúdos também pode se refletir na propagação recorrente de materiais equivocados (59,2%), o maior dos perigos para os entrevistados ao lado de outros problemas como a normalização de comportamentos problemáticos (33,2%) e o aumento do autodiagnóstico (43%). 

A impactos negativos como esses, se somaria, ainda, um problema específico reconhecido por 7 em cada 10 brasileiros: certa banalização de determinados termos ligados à saúde mental, cuja lista englobaria conceitos como “tóxico”, “antissocial”, “deprimido” e “bipolar” — que estariam, de acordo com os ouvidos, perdendo seus sentidos psicoterapêuticos ao serem usados para descrever atitudes e mudanças de humor corriqueiras. 

Metodologia 

Para compreender como a população expressa as próprias emoções, nas últimas semanas, foram entrevistados 500 brasileiros residentes em todas as regiões do país. Ao todo, os respondentes tiveram acesso ao total de 10 questões, que exploraram experiências pessoais envolvendo saúde mental, autoconhecimento e os impactos da internet nos debates envolvendo o tema. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados. 

Sobre a Preply 

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem de idiomas que conecta professores a centenas de milhares de alunos em 180 países em todo o mundo. Atualmente, mais de 40.000 tutores ensinam mais de 50 idiomas, impulsionados por um algoritmo de aprendizado de máquina que recomenda os melhores professores para cada aluno. Fundada nos Estados Unidos, em 2012, por três ucranianos, Kirill Bigai, Serge Lukyanov e Dmytro Voloshyn, a Preply cresceu de uma equipe de três pessoas para uma empresa com mais de 600 funcionários de 62 nacionalidades diferentes, com escritórios em Barcelona, Nova York e Kiev.